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Autocrítica: por que nos sabotamos e como mudar isso

Você se sente constantemente pressionada a ser perfeita? Não importa o quanto se esforce parece que nunca é o suficiente. Parece que está sempre atrasada!

E agora eu te pergunto: qual é o objetivo de tanta autocrítica? Por que a gente faz isso?

CONTROLE

Nós queremos controlar tudo para não correr o risco de fracassar. É como se você dissesse: “Vou me criticar primeiro, antes que outras pessoas tenham a oportunidade de fazer isso.”

Todas as nossas conquistas vêm carregadas de críticas sobre como poderíamos ter feito melhor. É como um mecanismo de proteção. É como se disséssemos: “Eu já sei que preciso fazer melhor, não precisa me dizer que ainda não fui perfeita. Eu já sei! Então, por favor, apenas me acolha e me convença que eu não sou tão ruim assim!”

Se o objetivo é controlar nossos erros e evitar o fracasso, será que estamos ao menos perto de alcançar isso? Definitivamente, não! A autocrítica nos paralisa diante do menor erro e nos aproxima mais do fracasso do que do sucesso.

Se eu não consigo sair do lugar a cada defeito que enxergo em mim como vou ser capaz de evitar o fracasso?

Se julgar a nós mesmas de forma tão severa é inútil, qual seria a solução?

Neste post, eu vou te explicar 3 coisas que podem nos ajudar a lidar com essa sensação de fracasso e como podemos usar nossa autocrítica a nosso favor.

A primeira coisa que precisamos fazer é aprender a nos olhar com mais equilíbrio. Precisamos ser capazes de nos enxergar por completo, com nossas qualidades e defeitos, erros e acertos.

Gosto muito de uma frase de Brené Brown no livro “A Coragem de Ser Imperfeito” que diz: “Quando errar não é uma opção, não existe aprendizado, criatividade ou inovação.”

Simplesmente não podemos mudar, progredir, inovar ou aprender qualquer coisa se não nos permitirmos errar. Aceitar nossas limitações não significa nos acomodar e paralisar. Na verdade, é isso que nos permite estar em movimento e seguir em frente, mesmo depois de errar.

Podemos aprender a usar a autocrítica a nosso favor. Já que nos autojulgamos para nos proteger, podemos olhar para cada um dos nossos pensamentos autocríticos e analisar: do que quero me proteger ao pensar assim sobre mim? Tenho gostado de escrever sobre como me sinto em situações que me fazem sentir mal comigo mesma. Quando coloco no papel, algumas coisas ficam mais claras e é mais fácil me olhar com equilíbrio.

Escrever nos ajuda a olhar para nós mesmos e para a situação ao nosso redor como se estivéssemos de fora. Assim, fica mais fácil perceber o quanto exageramos as coisas em nossos pensamentos. Mas também é importante entender o que nos leva a ter esses pensamentos tão negativos sobre nós mesmos.

O autoconhecimento é essencial nesse processo de nos olhar com equilíbrio.

Se você, assim como eu, está no processo de se olhar com mais equilíbrio, eu sugiro fortemente que você compre um caderno para escrever sobre seus sentimentos.

Não precisa se preocupar em escrever de forma organizada ou ideias que façam sentido. É só jogar seus pensamentos no papel. Mas você poderia começar respondendo a 4 perguntas que vão te trazer muita clareza:

  • que tipo de coisas eu normalmente julgo e critico em mim mesma? (aparência, relacionamentos, carreira).
  • eu costumo me insultar, ou falo comigo num tom gentil e compreensivo?
  • como eu me sinto quando sou muito autocrítica?
  • que situações, pessoas ou ambientes costumam aumentar ou reforçar minha autocrítica?

Existem algumas coisas em nós que não somos capazes de escolher ou controlar, como nossa genética, nossa história familiar e circunstâncias da vida que nos trouxeram onde estamos. Todas essas coisas influenciam a forma como nos vemos. E já que não podemos controlar essas coisas, precisamos nos concentrar nas coisas que podemos controlar. Mas o que nós podemos controlar?

Nossas experiências anteriores ajudaram a formar o que a psicologia chama de crenças centrais. O que nós acreditamos sobre nós mesmos. Como no filme divertidamente.

Se nós já vivemos muitas experiências que reforçaram crenças disfuncionais é natural que os nossos pensamentos autocríticos tenham se tornado o modo padrão. Então a nossa tendência é sempre reforçar o que nós já acreditamos sobre nós. Se eu me acho insuficiente, meu cérebro sempre vai tornar todas as situações da minha vida em uma confirmação dessa crença de que eu sou insuficiente. Então eu preciso aprender como mudar o padrão automático. ****Essa é uma tarefa bem difícil. Minha psicóloga me passou exercício há alguns anos e algumas vezes ainda é difícil aplicar, mas já progredi bastante. O exercício é: todas as vezes que eu perceber que estou com algum sentimento negativo, aquele aperto no peito, uma sensação ruim e com medo de agir, eu devo parar e olhar de forma consciente para os meus pensamentos.

O que eu estou pensando agora?

O que estava pensando antes de me sentir assim?

Se o pensamento fosse, por exemplo, não sou suficiente, eu nunca faço nada direito! Eu deveria pensar em 3 coisas que confirmam meu pensamento e 3 coisas que provam que aquilo é mentira. Assim eu poderia ter uma visão mais equilibrada sobre a situação e sobre mim. Esse exercício nos ajuda a controlar nossos pensamentos disfuncionais. É um processo, mas vale muito a pena.

Mas como eu falei antes, nossas experiências de vida reforçam nossas crenças sobre nós mesmos. E essas experiências podem ser influenciadas pelas pessoas ao nosso redor. Isso pode ser positivo ou negativo. Então é muito importante sempre estarmos atentos às pessoas que escolhemos para ter amizades achegadas. Mais uma vez precisamos voltar na importância do autoconhecimento. Para definir quem são as pessoas que quero e preciso ter por perto eu preciso saber primeiro:

Qual é a minha definição de sucesso? O que é mais valioso pra mim? Quais são os valores dos quais eu não abro mão?

Se nós não temos isso bem definido é fácil sermos levados pelo que os outros consideram como sucesso na vida. Qual é o perigo disso? A sensação de nunca sermos bons o suficiente. De que nunca vamos alcançar o sucesso. Sucesso para quem?

E se a minha definição de sucesso for apenas levar uma vida mais leve, cuidar da minha espiritualidade, dormir e acordar cedo, me alimentar bem e fazer exercícios para ter mais saúde? Eu vou continuar achando que sou um fracasso quando olhar para a vida de quem tem outras definições do que é ter sucesso?

Ter bem definido o que é sucesso para MIM é estar um passo mais longe da sensação de não ser suficiente. E escolher pessoas alinhadas aos meus valores para estar comigo também.

Isso não significa descartar todas as outras pessoas da minha vida como se elas nunca tivessem sido importantes, mas não permitir que a definição delas do que é mais importante me faça sentir sempre atrasada e insuficiente.

Em resumo precisamos aprender a nos olhar com equilíbrio e autocompaixão e entender que isso não significa se acomodar.

Se empenhe para exercitar o autoconhecimento e entender de onde vem seus pensamentos autocríticos. Aprenda a concentrar suas energias naquilo que você pode controlar.

Eu espero muito que esse post tenha te ajudado a se sentir melhor consigo mesma. Te convido a conversar comigo aqui nos comentários, me contar o que te fez ler o post até o final e o que mais você gostaria de ver aqui nesse blog.

A gente se “vê” no próximo post. Tchau, beijo.

Beatriz Benatti

especialista em planejamento e organização para uma vida leve e produtiva

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